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Sakuragome
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18/2/2014, 17:08
Bom... Para começar vou trazer uma notícia que simplesmente me chocou '-'

Professor bateu na mulher e se jogou com filho do 13º andar, diz polícia
Homem e filho morreram na queda; professora está internada em Osasco. Para investigação, caso é tratado como agressão, assassinato e suicídio.


A Polícia Civil acredita que o professor encontrado morto com o filho de 6 anos em um prédio de Osasco, na Grande São Paulo, pulou com a criança do 13º andar após uma briga com a mulher, na noite desta segunda-feira (17). O boletim de ocorrência foi registrado como violência doméstica, lesão corporal, homicídio e suicídio. Como o autor dos crimes morreu, o caso deverá ser arquivado.

O professor de inglês Edemir de Mattos, de 52 anos, e Ivan Pesquero de Mattos, que tinha completado 6 anos no último sábado (15), morreram na queda. Os corpos foram encontrados próximos à entrada do Bloco B de um condomínio, na Avenida Manoel Pedro Pimentel, onde moravam havia dois anos.

A professora de química Célia Regina Pesquero, de 49 anos, mulher do professor, foi socorrida por vizinhos com suspeita de fratura no maxilar e com o rosto ensanguentado. Segundo a polícia, ela foi agredida pelo marido durante a briga.

Até as 13h desta terça-feira (18), ela continuava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Antônio Giglio, segundo informou a Prefeitura de Osasco. Não há previsão de alta médica. Por meio de nota, a Prefeitura informou que Célia “passa por avaliação médica e aguarda resultado de exames para o fechamento do diagnóstico."

O zelador do prédio, Carlos Alberto, contou que ele e os vizinhos tentaram impedir a tragédia. “Tentamos de tudo para impedir ele de se jogar com a criança”, desabafou. Ele relatou, que junto com outros moradores, tentou demover Edemir de se saltar do parapeito da varanda com o filho. “Eu ainda fui ao apartamento vizinho ao dele, e junto com o outro morador falamos para ele soltar o menininho, mas ele gritou: 'se vocês não saírem eu vou pular'. Nos afastamos e ele se jogou abraçado com o garoto”.

O caso

Segundo as testemunhas relataram no plantão do 5º Distrito Policial, por volta das 22h de segunda, eles ouviram uma discussão entre o casal no apartamento. A criança chorava no colo do pai. Os dois estavam sentados no parapeito da sacada do 13º andar. A tela de proteção estava cortada. Edemir usou uma faca para fazer isso.

O G1 não conseguiu localizar Célia para comentar o caso. Segundo os vizinhos, ela gritava e pedia para Edemir não pular com o filho. Moradores tentaram entrar no apartamento, mas a porta estava trancada. Eles não souberam dizer porque a professora não a abriu para eles.
A Polícia Militar foi acionada pelo telefone 190, mas os policiais só chegaram ao condomínio depois do pai ter se jogado com o filho. Os dois foram encontrados mortos no local.

Depois da queda dos dois, a mulher abriu a porta para os vizinhos, que a encontraram com o rosto sangrando. Também havia sangue no apartamento. Quando desceu no hall, ela perguntou se o filho e marido estavam mortos. Para não deixá-la mais nervosa, eles mentiram a ela.

'Apanhava calada'

Os vizinhos não tinham relatos de brigas entre o casal. O que ocorreu na segunda foi a primeira vez, mas no caminho, Célia falou com os policiais militares e lhes contou que “sempre apanhei do meu marido, mas apanhava calada”.

Disse ainda que o professor havia quebrado seu braço entre 2010 e 2011, quando também registrou um boletim de ocorrência numa Delegacia de Defesa da Mulher. Mas como não deu prosseguimento a queixa contra o homem, ela foi arquivada.

Célia falou ainda que estava casada havia sete anos com Edemir, com quem teve o filho Ivan, que comemorou 6 anos no sábado passado, com direito a “festinha de aniversário”.
De acordo com o registro policial, a mulher relatou que seu marido era traumatizado pelo fato de ser separado da ex e ela não deixá-lo ver a filha. Esse trauma era um dos motivos das brigas entre o casal. Durante o relacionamento, Edemir teria dito que iria sumir com o filho e se mataria com ele.

No dia do crime, o pai ainda ficou brincando com o filho no térreo do prédio até as 20h. Depois que os dois subiram ao apartamento, ela preparava um lanche para Ivan, quando o marido, sem motivo aparente, passou a “ameaçar se matar e matar o filho”.

A equipe de reportagem também não conseguiu localizar parentes do professor para falar do caso. Vizinhos disseram que a família dele é de Campinas e a dela, de Penápolis, cidades do interior de São Paulo.

Veja só... Os dois tinham bom grau de instrução e mesmo assim essa senhora diz que apanhava calada! Como ela pôde ter colocado a vida dela e do filho em risco?

Olha, podem falar o que for... Mas pra mim isso é culpa da mulher, ela retirou uma queixa de agressão e ainda ficou com esse infeliz. Existem muitos, mas muitos casos de agressão contra a mulher e por que não vão para frente? Porque na maioria das vezes a mulher vai e retira a acusação achando que o ser inútil vai mudar, francamente viu. Pior que ontem estavam mostrando uma matéria no Jornal Hoje falando dos 3 ciclos da violência contra a mulher.

O que acham da Lei Maria da Penha? Não acham que a polícia devia registrar o B.O independente da vítima retardada voltar atrás?
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18/2/2014, 21:51
Então, o problema não é só que as mulheres acham que o cara vai mudar, tem mulher que é ameaçada de morte pelo marido, sem contar que muitas dependem financeiramente do cara, ou ele pode até ameaçar a própria família...

Eu não concordo com o fato de simplificar a situação culpando mulher. Eu nunca passei por algo do tipo, mas eu já fui vítima de bullying e também ficava quieta. Então eu sei como é ser vítima de algum tipo de violência e como é difícil falar abertamente sobre isso e denunciar quem te violenta.

Pra mim, o primeiro de tudo é que não se deve culpar a vítima em momento algum. Ninguém sabe o trauma psicológico que as mulheres passam, e não deve ser nada simples você denunciar seu marido. Seja por achar que ele vai mudar, ou pelos outros motivos que eu falei (e muitos outros).
Mesmo se a culpa for única e simplesmente porque a mulher ache que o marido não vai repetir. A mulher ama (ou acha que ama) o cara, não é simples assim abandonar alguém.

Na parte de retirar a queixa, a lei agora diz que a vítima não pode mais “retirar a queixa” na delegacia de polícia. Nos casos de agressões físicas, o processo irá até o final, independente da sua vontade, e nos casos em que ela apresentou representação criminal  ela poderá voltar a atrás em sua decisão, mas terá que fazer isso numa audiência com o juiz.
E melhor ainda, o STF já decidiu que qualquer pessoa (qualquer um mesmo, até o vizinho) pode comunicar à polícia as agressões sofridas pela mulher e a vítima não pode retirar a queixa.

Quanto à lei, embora tenha alguma falhas, eu acho ela sensacional e mais do que necessária pras mulheres. Não concordo quando dizem ser inconstitucional ou que seja uma "injustiça" com os homens porque defende apenas mulheres.
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18/2/2014, 22:57
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Sobre a lei em si, acho que ela poderia ser generalizada para abranger ambos os sexos, respeitando os princípios de igualdade.

Sobre o caso citado, é difícil julgar de fora. Existem certos motivos difíceis de mensurar. E se a mulher amava o marido? E se ela queria manter a família unida pela criança? E se ela não queria separar porque não podia se manter, talvez com medo de perder a guarda da criança? Talvez ela estivesse esperando o momento certo para ir embora, se estruturando financeiramente. Talvez ela tivesse medo de ir embora e passar o resto da vida sozinha. Enfim, é fácil comentar sobre os erros dos outros, difícil é entender a situação que gerou aquele erro.
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19/2/2014, 20:14
Bom, vamos lá, ao meu ponto de vista (e o pq de eu ser chamada de machista XD)
Essas são, na maioria das vezes, os pqs delas ficarem:

1: Não quer ficar sozinha
2: tem medo de algo muito pior acontecer
3: se acostumou e sente que tudo o que acontece é culpa dela
4: não faz nada para reagir

Agora, a policia não pode manter um B.O. se as partes envolvidas não querem sustentar as versões...pq nada adianta ter um B.O. e quando forem ver a pessoa falar que não aconteceu. Qualquer B.O. fica invalidado quando não há interessa, alias, os policiais não podem interferirem em nada, nem mesmo se for um acidente simples, não cabe a eles darem explicações ou darem palpite no assunto em questão, e isso me foi falado por próprios policiais que conheço

Voltando a questão da mulher, não é burrice, ou idiotice, a questão é que é medo, simples e puro, alem da falta de estima por si mesma...eu vi uma vez um documentário de uma garota que apanhava do namorado, e o que ela sentia era nada mais nada menos que culpa...como se tudo o que acontecesse de ruim na vida dele, fosse culpa dela e ela estava certa em apanhar e ficar calada... A mãe da moça pedia para ela se afastar, mas ela amava ele de coração, é um amor totalmente diferente do normal, passa a atração que existe do sadomasoquismo, onde a pessoa gosta de apanhar e a outra bate, mas moderadamente e em lugares estratégicos e entra em algo doentio (ao meu ver), algo como se fosse uma necessidade...como se a pessoa que bate fosse o fogo e a pessoa que apanha, fosse uma mariposa, sendo atraída por esse fogo...

Outra coisa, não estou defendendo nem um lado nem o outro, ois ambos tem culpa, apenas estou dizendo o pq seria culpa da mulher....Obvio que o homem tem culpa por bater na mulher e por isso ser obvio, nem mesmo entro no mérito mais @_@
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Guan Zhuge
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19/2/2014, 20:57
Eu discordo. Não acho que a mulher tem culpa por apanhar, ela apenas não tem força para deixar de apanhar.
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19/2/2014, 21:02
Eu sinceramente acho que não disse que todas tem culpa, dei o exemplo de um documentário que vi no A&E (se não me engano) na qual a moça sentia culpa pelo o que acontecia na vida do namorado e achava que estava certa em apanhar....
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20/2/2014, 10:50
Sess escreveu:Agora, a policia não pode manter um B.O. se as partes envolvidas não querem sustentar as versões...pq nada adianta ter um B.O. e quando forem ver a pessoa falar que não aconteceu. Qualquer B.O. fica invalidado quando não há interessa, alias, os policiais não podem interferirem em nada, nem mesmo se for um acidente simples, não cabe a eles darem explicações ou darem palpite no assunto em questão, e isso me foi falado por próprios policiais que conheço

O B.O. tem como função principal comunicar o crime, para que a polícia possa tomar providências na busca de provas pra apurar a infração penal.
Algumas comunicações de crimes, uma vez levados à autoridade policial, não poderão ser retiradas, devendo prosseguir até um eventual processo criminal.

No caso da Maria da Penha, exatamente por muitas mulheres fazerem o B.O. e depois retirar a queixa (ou deixar de comparecer até 6 meses pra iniciar o processo) que o STF em 2012 mudou o entendimento. Agora basta o B.O. para que, especificamente para alguns casos nas ações sobre essa Lei, a Delegada inicie o inquérito e posteriormente a ação penal, e a mulher, pra tentar desistir, deve esperar a audiência com o juiz e ele sim vai analisar essa desistência.

Ou seja, o B.O. é uma "porta de entrada" pro processo, quando vc mostra pra polícia que algo aconteceu e que ela deveria investigar. O fato dos policiais investigarem ou não, não vai obstar o seguimento do processo.
Normalmente, para que se inicie um inquérito pelo pedido do ofendido, deve-se fazer uma requisição através de advogado, o B.O. pura e simplesmente realmente não bastaria.
Mas nos casos da Maria da Penha é diferente. O B.O. já serve como essa requisição pra instauração do inquérito.

Guan Zhuge escreveu: Sobre a lei em si, acho que ela poderia ser generalizada para abranger ambos os sexos, respeitando os princípios de igualdade.

Princípio da igualdade: tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades

"Pela lei brasileira, alguém que foi acusado de um crime não pode ser preso até que sua culpa seja provada em um julgamento justo. Em alguns casos previstos na lei pode ser decretada a prisão preventiva com o objetivo de prevenir que o acusado fuja ou cometa outros crimes antes do fim do julgamento. Em casos de agressão física pura e simples (sem morte, roubo, estupro ou outro crime associado) dificilmente o acusado ficará em prisão preventiva por causa disso. Até aí, a lei faz sentido e tenta ser o mais justa possível ao não prender uma pessoa que pode ser inocente.

Porém, imagine um caso de agressão onde a pessoa que bateu e a pessoa que apanhou moram na mesma casa ou convivem na mesma família. Imagine agora que a vítima é uma mulher e que seu agressor é um homem, maior e mais forte. Durante o processo de investigação da denúncia, o agressor é chamado para depor e, portanto, fica sabendo que a mulher o denunciou. A situação mais comum é que a vítima seja novamente agredida ou que receba ameaças. Essas ameaças podem ser: novas surras, tirar os filhos de casa, tirar o sustento da mulher e assim por diante. Ou seja, em casos de violência doméstica o agressor tem poderes de dominar sua vítima em é por isso que a lei penal comum não serve.

Além disso, os danos psicológicos tendem a ser mais profundos quando o agressor mora na mesma casa e a vítima não tem para onde ir e é obrigada a conviver com o medo. Com o tempo ficou claro para os legisladores que a violência no âmbito familiar é diferente e, portanto, precisa ser tratada de forma diferente"
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20/2/2014, 13:29
Guan Zhuge escreveu: E se ela queria manter a família unida pela criança? E se ela não queria separar porque não podia se manter, talvez com medo de perder a guarda da criança?

A primeira pergunta: e você acha mesmo que uma mulher vá mesmo ficar com o cara que bate nela por causa de uma criança, sendo que hoje em dia se casa e depois de um ano e pouco, menos que isso, os caras estão com processo de divórcio? Como a senhora ilustríssima mamai fala: "criança não segura homem".

E segunda pergunta: a guarda é invariavelmente da mãe a menos que se possa provar que ela não tenha condições de criar a criança por inúmeros motivos.

==
Pessoalmente tenho uma visão um tico mais feminista do que o normal para estas situações, porque eu acho francamente que uma mulher pode dar jeito de sair do domínio de um cara assim. Independente de qual seja o motivo (dinheiro, casa, sexo, whatever) contanto que ela saia viva dessa situação ainda dá para se reerguer e continuar em frente. Não creio que desculpas como de manter a família unida por causa da criança colem simplesmente porque vivemos em um século onde crianças de doze anos já são mães e pais e na maioria das vezes não tem um (ou os dois) pais presentes. Isso não pesa quase nada na educação da criança. Ao meu ver, mulheres que aceitam apanhar de homem ou foram educadas para serem submissas e acharem que tudo é culpa delas ou, nas palavras de ilustríssima mamai: "É Alequisandrya Juçarah querendo ser Michelle Obama" (ou em palavras mais simples: 'é mulher de bandido que gosta de apanhar').

Sobre a lei, eu até que apoio ela, mas acho que além de incentivo para as mulheres denunciarem, essa lei precisa de uns acréscimos e tapa-buracos para que seja realmente boa e que funcione.
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20/2/2014, 21:39
Sobre o que a Claire falou, nem sempre as agressões são verbais e nem sempre o mais forte é o mais musculoso. Em alguns casos, a mulher é mais forte porque sustenta a casa e agride o homem verbalmente, sem ele ter condições de sair de casa por não ter como se sustentar. Eu não sou muito fã de homens assim, mas eles existem.

Para a Juny, você ainda não sabe o custo de se sustentar sozinha com uma criança, espero que nunca descubra. Muitas vezes a mulher está brigada com a família e não tem quem a ajude. Sem dinheiro, trabalho nem apoio de amigos, é virtualmente impossível sobreviver e ainda cuidar de uma criança.
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