Chayenne Newman - Vampire Requien
31/8/2009, 11:30
“Ai”, foi a primeira coisa que pensei, no momento que abri os olhos, estava deitada em algo nada confortável. Percebi que tinha algumas tabuas nos meus pés, e o local era pequeno e fechado, não dava para enxergar praticamente nada na escuridão.
De repente, senti algo como sede, mas era diferente, algo que me consumia, um desejo muito grande e eu não imaginava o porque. Decidi me levantar, verifiquei meu estado,eu estava gelada, muito, devo estar com hipotermia, mas estranhamente não sentia frio. Tentei organizar meus pensamentos, voltava da casa de uma amiga, tinha sido abordada por dois homens... e depois, estou aqui. Aqui a onde?, comecei a sentir minha garganta se fechar com o pavor, o que tinha acontecido comigo, o que eles fizeram, o que aconteceu? Percebi que minhas roupas estavam intactas, e pelo menos não sentia nenhuma outra dor além do mal estar por ter ficado naquela posição.
Tateei a minha volta, encontrei alguns galões grandes de metal, desses que guardam óleo, encontrei a parede, comecei a percorrer todo o perímetro interno, fui pisando em algo mole que não sabia o que era, mas estremeci pensando no que poderia ser, consegui achar uma porta, estava aberta, abri com certo medo, percebi que estava em algum tipo de barraco, ou deposito, e que dava para a rua, a luz dos postes machucou meus olhos, mas me acostumei rápido. Era um lugar que eu não conhecia, com a luz da rua percebi que as coisas que tinha pisados eram ratos mortos. Tinha vários pelos chão, sufoquei um grito, quando senti o cheiro de algo que me pareceu extremamente refrescante, mas percebi algo que me apavorou de verdade, e dessa vez gritei realmente, eu não respirava mais desde que acordara.
Passei algumas horas sentada no chão em um canto da barraco, não sabia o que fazer, não sabia o que tinha acontecido comigo, e sentia cada vez mais uma sede macabra, os ratos mortos me pareciam muito convidativos, e o cheiro de sangue era cada vez mais delicioso. O que só me fazia me sentir pior. Perdi as horas pensando comigo mesmo, e fazendo um barulho estranho, que lembrava um soluço, pois não conseguia mais chorar, meus olhos estavam secos.
Percebi, quando o sol começava a despontar pelos prédios velhos a minha volta, estava com muito sono, mas resolvi que era hora de dar um jeito de voltar para casa. Mas algo me impelia a ficar, e uma apreensão cada vez maior ficava presente em meu amagô, quanto mais claro ficava, mais funesto isso parecia ser, o que deveria ser minha salvação, parecia agora o pior de todos os inimigos. Quando o primeiro raio do sol despontou no céu, senti minha pele queimando, estava quase literalmente pegando fogo!, foi quando num instinto súbito fechei a porta do barracão, percebi que entrava alguns raios pelas frestas da porta, fui para traz dos barris, e me cobri com uma lona que estava no chão. Parei desnorteada, tinha feito isso quase automaticamente, como se algo me disse-se para fazer. De qualquer forma isso não importava mais, o sono me dominou.
Acordei novamente com as costas toda dolorida, minha posição não estava nada confortável, eu daria tudo para ter uma cama. A primeira coisa que notei, é que minha sede era maior, muito maior. Resolvi sair daquele lugar de vez.
Caminhei pelas ruas vazias, olhava para as luzes acesas nos prédios a minha volta, pensando em como seria bom estar em casa. Achei definitivamente tentar fazer algo para voltar para casa. Fui andado a esmo quando percebi que minha audição estava muito peculiar, escutava com clareza coisas ínfimas, jurava que podia ouvir a tevê de um apartamento qualquer, uma família conversando em outro, era estranho, notei em um beco um gato correndo. E mais alguma coisa que guinchava agoniada, fui ver o que era, de súbito o guincho parou, percebi que o gato, tinha pego um rato, era um daqueles gatos de ruas, e o rato, bom era um rato relativamente grande para o gato, respirei e senti o cheiro do sangue, isso meio que me deixou frenética, ataquei o gato, coisa que nunca teria feito em sã consciência, O gato assutado deixou o animal, quase morto no chão peguei ele e aonde as presas do bichano tinham perfurado o rato, agora escorria um pequeno filete de sangue, olhei para aquilo e fui compelida a morde-lo o gosto dos pelos não era agradável, e o bicho fedia a esgoto, mas o liquido que escorria agora garganta abaixo era delicioso, parecia o melhor alimento do mundo, mas isso só fez com que me sentisse mais faminta. Comecei a percorrer os becos, precisava de mais, e com minha audição ultra sensível, escutava quando algo se movia próximo a mim, me via como uma leoa caçando, espreitava de forma silenciosa, fuçava nos lixos em busca de mais ratos. Esperava pacientemente algo surgir de um buraco no chão, descobri famílias inteiras de camundongos e outros animais do tipo em vários locais.
Fiz isso a noite toda...
Descobri por fim, que mais uma noite toda tinha sido perdida, só me restou voltar a aquele pequeno barraco, me escondi da luz do sol pelo tempo que foi preciso, dormindo novamente no tempo em que ele fazia presença. A essa altura do campeonato, já tinha bastante noção do que tinha acontecido comigo mesmo, descobri que por minha vontade, eu conseguia estender meus caninos de uma forma que pareciam presas de animais. Minha sede ainda era constante, mas em menor grau, mas queria me saciar completamente, fiz novamente a mesma empreitada, agora mais cuidadosa ainda, algumas pessoas me viam quando passavam pela rua, mas deviam achar que eu era mais uma mendiga, minha roupa já estava toda suja, e minha pele não via água há algum tempo.
Mais uma noite, somente para me alimentar.
Era a quarta noite, levantei decidida a procurar outra coisa para me alimentar, fome não diminui-a, acho que precisava de algo mais substancial mas estremecia na ideia de pensar no que provavelmente tinha que me alimentar. Afastei essa ideia, caminhei por varias quadras rapidamente, encontrei um parque com um pequeno lago, tinha várias arvores, ficavam com uma certa aparência maligna com a luz da noite, imaginei encontrar outra coisa por lá que não fosse somente ratos, além que ratos fedem. Achei um cachorro, mas infelizmente não consegui pega-lo, além do bicho ter me atacado com tamanha ferocidade, que fui obrigada a recuar. Sentei em um dos bancos tentando pensar algo concreto, precisava fazer um pouco disto, tamanha a situação que me encontrava. Me levantei e decidi voltar, não queria que muita gente me visse pela rua, quando voltava vi três rapazes, desses que escutam Rap ou algo do gênero andando pela rua. Tinha um certo nojo deste tipo de rapazes, sempre tão confiantes, incômodos, os modos e suas gírias ofensivas. Pensei comigo”Esse tipo de gente não faz falta pelas ruas, certo?” Resolvi me insinuar para o que me pareceu o mais ridículo deles. Os três me olharam com expressões confusas. Eu sabia que era bonita, mas meu estado atual não era nada agradável para um ser humano comum. Um deles, me olhou de cima a baixo, refletindo, outro com cara mais inteligente, perguntou: “ Cê qué alguma coisa mina?” Eu olhei com uma cara meio cínica, o guri falou de novo: “ Nóis não temo grana pra puta não”. Eu dei risada, “Não sou puta nenhuma tá. To precisando de uma ajudinha em um treco” Eles olharam novamente pra mim meio incrédulos. “Preciso que me ajudem a carregar um negocio” Pensei rápido. “Dou 10 dólares para quem me ajudar.” O que parecia ser o mais novo, e provavelmente o mais estúpidos deles, achando que isso poderia me impressionar ou algo assim, falou prontamente “ Eu ajudo!” “Então vamos, é meio longe onde tem que pegar as coisas.” Eu tinha conseguido, minha presa perfeita! Mas tinha que dar um jeito de me livrar dos outros 2, fui ligeiramente na frente enquanto ouvia perfeitamente o cochichar dos 3 no fundo, era estranho, pensar, antes enxergava de maneira superior, e agora escutava de maneira superior. Mas resolvi prestar atenção no caminho, não conhecia aquela região e precisava prestar atenção aonde ia para chegar no local de meu abrigo. E fui pensando em algo para distrair aqueles dois. Foi quando ouvi o comentário do mais velho (o que parece ser mais inteligente) “ Cê tem certeza que quer carregar seja-la o bagulho que ela quer que tu carregue?” “E se for algum tipo de droga? Isso não vai dar galho com o Carrasco?”
Me irritei com o comentário, e me virei para ele e falei em alto e bom som: “Cara, cê não precisa me ajudar se não quiser, o único aqui com bom coração parece ser ai seu amigo. É um latão se vocês querem saber”
O mais novo, olhou com uma cara tipo “droga me fudi” os outros dois deram de ombros e continuaram me seguindo.
Comecei a pensar sobre o fato de tirar o sangue de um humano, de uma pessoa! Isso começou meio que me dar certas nauseas, beber sangue de rato, parecia ser um pouco mais razoável por esse ponto de vista, comecei a sentir calafrios e ficar nervosa, mas consegui disfarçar bem, pelo menos acho. Quando menos percebi estávamos na rua do barraco, e comecei realmente a me perguntar se devia fazer isso. Agora meu nervosismo era visível, mas precisava fazer algo, não tinha certeza se a fome diminuiria, mas por que não tentar? Mas eu vou matar alguém! Confesso que várias vezes imaginei jeitos diversos de se matar uma pessoa, mas nunca chupando todo o seu sangue, me estremecia só de pensar, a ideia começa a ficar enojada. Chegamos...
Olhei para a porta encostada do barracão, me perguntei se poderia fazer isso mesmo, um dos rapazes me tirou do pensamento. “ É aqui?” “Sim” Respondi com a voz falhando, o mais velho de novo “isso ta cheirando a algo errado, vou cair fora daqui” “Como você é irritante” falei agora mais irritada do que nervosa. “Por que não vem você então e veja que não tem nada errado!” Os outros dois olharam para ele com dúvida. “Vou te avisando, se for alguma palhaçada vou te socar sua vadia” “Como você tem coragem de me chamar disto seu palhaço de calças cagadas!” Senti que falei o que não devia, via em seus olhos que estava furioso. O cara veio e me deu um soco, cai no chão com o impacto, pude perceber que cortara minha boca, e ele veio em minha direção e me levantou do chão com um único movimento do braço, droga ele era forte esse desgraçado. Olhou para meu rosto por um momento e cuspiu na minha cara me soltando no chão novamente. Dessa vez meu sangue ferveu, não tinha medo, somente raiva, e algo me controlava, que não era eu. Simplesmente levantei-me em um pulo, e pulei em direção dele, isso fez com que se assustassem, o mais novo se afastou alguns passos para trás e começou a gritar “ Seph cê é um idiota pra que fazer isso com a guria!?”
O resto foi muito mais rápido, senti que ele me dava outro soco, doeu, mas não me importei, foi quando mostrei as presas e rugi sentindo uma fúria incontrolável e quente, a única reação que notei foi o de um deles começar tropeçar em suas próprias pernas se afastando. Foi muito rápido, o guri que tinha me agredido estava na minha frente paralisado, o choque tinha deixado lento, me agarrei a ele e mordi, algo entre o pescoço e o final do ombro. Senti um cheiro úmido e quente, ele tinha mijado em si mesmo. Os outros dois começaram a correr, mas não me importei, continuei mordendo o que estava em minha frente, ele tinha praticamente cessado qualquer resistência. Suguei uma grande quantidade de sangue, que agora espalhava por toda a parte esquerda da sua camisa e sujando minha roupa também tingindo o tecido com um vermelho funesto.
O impeto parou, senti agora outras coisas além do sangue em minha boca, tecidos e alguma outra coisa qualquer que fosse, mas com um certo gosto de metal. O cara caiu no chão morto. Via o sangue que escorria do grande ferimento aberto logo acima de sua clavícula, começava a me perguntar o que eu tinha feito! Fiquei apavorada, podia jurar que estava chorando, embora não saíssem lagrimas. Rapidamente olhei para os lados e para todas janelas, não tinha ninguém olhando. Arrastei o corpo para dentro do barraco, e sentei do lado. Que brilhante, agora tinha matado alguém de verdade! Fiquei estarrecida procurando alguma forma de corrigir isso, não aguentava mais, comecei a bater com a mão fechada nas paredes com força suficiente para machucar elas. Me encolhi e fiquei remoendo o que tinha acontecido. Foi quando ouvi um barulho do lado de fora, motos! MERDA! Não sabia o que fazer, me encolhi mais, rezando para que não entrassem. Abriram a porta, MERDA MERDA MERDA!! Era a voz de um homem,falava com outra pessoa e parecia estar bravo. Eles iluminaram o interior do barraco com o farol da moto. Finalmente ele me achou e ele estava armado! Comecei a gritar, “Eu não fiz por querer! Desculpa, eu não queria matar ele! Por favor não me mate!”
De repente, senti algo como sede, mas era diferente, algo que me consumia, um desejo muito grande e eu não imaginava o porque. Decidi me levantar, verifiquei meu estado,eu estava gelada, muito, devo estar com hipotermia, mas estranhamente não sentia frio. Tentei organizar meus pensamentos, voltava da casa de uma amiga, tinha sido abordada por dois homens... e depois, estou aqui. Aqui a onde?, comecei a sentir minha garganta se fechar com o pavor, o que tinha acontecido comigo, o que eles fizeram, o que aconteceu? Percebi que minhas roupas estavam intactas, e pelo menos não sentia nenhuma outra dor além do mal estar por ter ficado naquela posição.
Tateei a minha volta, encontrei alguns galões grandes de metal, desses que guardam óleo, encontrei a parede, comecei a percorrer todo o perímetro interno, fui pisando em algo mole que não sabia o que era, mas estremeci pensando no que poderia ser, consegui achar uma porta, estava aberta, abri com certo medo, percebi que estava em algum tipo de barraco, ou deposito, e que dava para a rua, a luz dos postes machucou meus olhos, mas me acostumei rápido. Era um lugar que eu não conhecia, com a luz da rua percebi que as coisas que tinha pisados eram ratos mortos. Tinha vários pelos chão, sufoquei um grito, quando senti o cheiro de algo que me pareceu extremamente refrescante, mas percebi algo que me apavorou de verdade, e dessa vez gritei realmente, eu não respirava mais desde que acordara.
Passei algumas horas sentada no chão em um canto da barraco, não sabia o que fazer, não sabia o que tinha acontecido comigo, e sentia cada vez mais uma sede macabra, os ratos mortos me pareciam muito convidativos, e o cheiro de sangue era cada vez mais delicioso. O que só me fazia me sentir pior. Perdi as horas pensando comigo mesmo, e fazendo um barulho estranho, que lembrava um soluço, pois não conseguia mais chorar, meus olhos estavam secos.
Percebi, quando o sol começava a despontar pelos prédios velhos a minha volta, estava com muito sono, mas resolvi que era hora de dar um jeito de voltar para casa. Mas algo me impelia a ficar, e uma apreensão cada vez maior ficava presente em meu amagô, quanto mais claro ficava, mais funesto isso parecia ser, o que deveria ser minha salvação, parecia agora o pior de todos os inimigos. Quando o primeiro raio do sol despontou no céu, senti minha pele queimando, estava quase literalmente pegando fogo!, foi quando num instinto súbito fechei a porta do barracão, percebi que entrava alguns raios pelas frestas da porta, fui para traz dos barris, e me cobri com uma lona que estava no chão. Parei desnorteada, tinha feito isso quase automaticamente, como se algo me disse-se para fazer. De qualquer forma isso não importava mais, o sono me dominou.
Acordei novamente com as costas toda dolorida, minha posição não estava nada confortável, eu daria tudo para ter uma cama. A primeira coisa que notei, é que minha sede era maior, muito maior. Resolvi sair daquele lugar de vez.
Caminhei pelas ruas vazias, olhava para as luzes acesas nos prédios a minha volta, pensando em como seria bom estar em casa. Achei definitivamente tentar fazer algo para voltar para casa. Fui andado a esmo quando percebi que minha audição estava muito peculiar, escutava com clareza coisas ínfimas, jurava que podia ouvir a tevê de um apartamento qualquer, uma família conversando em outro, era estranho, notei em um beco um gato correndo. E mais alguma coisa que guinchava agoniada, fui ver o que era, de súbito o guincho parou, percebi que o gato, tinha pego um rato, era um daqueles gatos de ruas, e o rato, bom era um rato relativamente grande para o gato, respirei e senti o cheiro do sangue, isso meio que me deixou frenética, ataquei o gato, coisa que nunca teria feito em sã consciência, O gato assutado deixou o animal, quase morto no chão peguei ele e aonde as presas do bichano tinham perfurado o rato, agora escorria um pequeno filete de sangue, olhei para aquilo e fui compelida a morde-lo o gosto dos pelos não era agradável, e o bicho fedia a esgoto, mas o liquido que escorria agora garganta abaixo era delicioso, parecia o melhor alimento do mundo, mas isso só fez com que me sentisse mais faminta. Comecei a percorrer os becos, precisava de mais, e com minha audição ultra sensível, escutava quando algo se movia próximo a mim, me via como uma leoa caçando, espreitava de forma silenciosa, fuçava nos lixos em busca de mais ratos. Esperava pacientemente algo surgir de um buraco no chão, descobri famílias inteiras de camundongos e outros animais do tipo em vários locais.
Fiz isso a noite toda...
Descobri por fim, que mais uma noite toda tinha sido perdida, só me restou voltar a aquele pequeno barraco, me escondi da luz do sol pelo tempo que foi preciso, dormindo novamente no tempo em que ele fazia presença. A essa altura do campeonato, já tinha bastante noção do que tinha acontecido comigo mesmo, descobri que por minha vontade, eu conseguia estender meus caninos de uma forma que pareciam presas de animais. Minha sede ainda era constante, mas em menor grau, mas queria me saciar completamente, fiz novamente a mesma empreitada, agora mais cuidadosa ainda, algumas pessoas me viam quando passavam pela rua, mas deviam achar que eu era mais uma mendiga, minha roupa já estava toda suja, e minha pele não via água há algum tempo.
Mais uma noite, somente para me alimentar.
Era a quarta noite, levantei decidida a procurar outra coisa para me alimentar, fome não diminui-a, acho que precisava de algo mais substancial mas estremecia na ideia de pensar no que provavelmente tinha que me alimentar. Afastei essa ideia, caminhei por varias quadras rapidamente, encontrei um parque com um pequeno lago, tinha várias arvores, ficavam com uma certa aparência maligna com a luz da noite, imaginei encontrar outra coisa por lá que não fosse somente ratos, além que ratos fedem. Achei um cachorro, mas infelizmente não consegui pega-lo, além do bicho ter me atacado com tamanha ferocidade, que fui obrigada a recuar. Sentei em um dos bancos tentando pensar algo concreto, precisava fazer um pouco disto, tamanha a situação que me encontrava. Me levantei e decidi voltar, não queria que muita gente me visse pela rua, quando voltava vi três rapazes, desses que escutam Rap ou algo do gênero andando pela rua. Tinha um certo nojo deste tipo de rapazes, sempre tão confiantes, incômodos, os modos e suas gírias ofensivas. Pensei comigo”Esse tipo de gente não faz falta pelas ruas, certo?” Resolvi me insinuar para o que me pareceu o mais ridículo deles. Os três me olharam com expressões confusas. Eu sabia que era bonita, mas meu estado atual não era nada agradável para um ser humano comum. Um deles, me olhou de cima a baixo, refletindo, outro com cara mais inteligente, perguntou: “ Cê qué alguma coisa mina?” Eu olhei com uma cara meio cínica, o guri falou de novo: “ Nóis não temo grana pra puta não”. Eu dei risada, “Não sou puta nenhuma tá. To precisando de uma ajudinha em um treco” Eles olharam novamente pra mim meio incrédulos. “Preciso que me ajudem a carregar um negocio” Pensei rápido. “Dou 10 dólares para quem me ajudar.” O que parecia ser o mais novo, e provavelmente o mais estúpidos deles, achando que isso poderia me impressionar ou algo assim, falou prontamente “ Eu ajudo!” “Então vamos, é meio longe onde tem que pegar as coisas.” Eu tinha conseguido, minha presa perfeita! Mas tinha que dar um jeito de me livrar dos outros 2, fui ligeiramente na frente enquanto ouvia perfeitamente o cochichar dos 3 no fundo, era estranho, pensar, antes enxergava de maneira superior, e agora escutava de maneira superior. Mas resolvi prestar atenção no caminho, não conhecia aquela região e precisava prestar atenção aonde ia para chegar no local de meu abrigo. E fui pensando em algo para distrair aqueles dois. Foi quando ouvi o comentário do mais velho (o que parece ser mais inteligente) “ Cê tem certeza que quer carregar seja-la o bagulho que ela quer que tu carregue?” “E se for algum tipo de droga? Isso não vai dar galho com o Carrasco?”
Me irritei com o comentário, e me virei para ele e falei em alto e bom som: “Cara, cê não precisa me ajudar se não quiser, o único aqui com bom coração parece ser ai seu amigo. É um latão se vocês querem saber”
O mais novo, olhou com uma cara tipo “droga me fudi” os outros dois deram de ombros e continuaram me seguindo.
Comecei a pensar sobre o fato de tirar o sangue de um humano, de uma pessoa! Isso começou meio que me dar certas nauseas, beber sangue de rato, parecia ser um pouco mais razoável por esse ponto de vista, comecei a sentir calafrios e ficar nervosa, mas consegui disfarçar bem, pelo menos acho. Quando menos percebi estávamos na rua do barraco, e comecei realmente a me perguntar se devia fazer isso. Agora meu nervosismo era visível, mas precisava fazer algo, não tinha certeza se a fome diminuiria, mas por que não tentar? Mas eu vou matar alguém! Confesso que várias vezes imaginei jeitos diversos de se matar uma pessoa, mas nunca chupando todo o seu sangue, me estremecia só de pensar, a ideia começa a ficar enojada. Chegamos...
Olhei para a porta encostada do barracão, me perguntei se poderia fazer isso mesmo, um dos rapazes me tirou do pensamento. “ É aqui?” “Sim” Respondi com a voz falhando, o mais velho de novo “isso ta cheirando a algo errado, vou cair fora daqui” “Como você é irritante” falei agora mais irritada do que nervosa. “Por que não vem você então e veja que não tem nada errado!” Os outros dois olharam para ele com dúvida. “Vou te avisando, se for alguma palhaçada vou te socar sua vadia” “Como você tem coragem de me chamar disto seu palhaço de calças cagadas!” Senti que falei o que não devia, via em seus olhos que estava furioso. O cara veio e me deu um soco, cai no chão com o impacto, pude perceber que cortara minha boca, e ele veio em minha direção e me levantou do chão com um único movimento do braço, droga ele era forte esse desgraçado. Olhou para meu rosto por um momento e cuspiu na minha cara me soltando no chão novamente. Dessa vez meu sangue ferveu, não tinha medo, somente raiva, e algo me controlava, que não era eu. Simplesmente levantei-me em um pulo, e pulei em direção dele, isso fez com que se assustassem, o mais novo se afastou alguns passos para trás e começou a gritar “ Seph cê é um idiota pra que fazer isso com a guria!?”
O resto foi muito mais rápido, senti que ele me dava outro soco, doeu, mas não me importei, foi quando mostrei as presas e rugi sentindo uma fúria incontrolável e quente, a única reação que notei foi o de um deles começar tropeçar em suas próprias pernas se afastando. Foi muito rápido, o guri que tinha me agredido estava na minha frente paralisado, o choque tinha deixado lento, me agarrei a ele e mordi, algo entre o pescoço e o final do ombro. Senti um cheiro úmido e quente, ele tinha mijado em si mesmo. Os outros dois começaram a correr, mas não me importei, continuei mordendo o que estava em minha frente, ele tinha praticamente cessado qualquer resistência. Suguei uma grande quantidade de sangue, que agora espalhava por toda a parte esquerda da sua camisa e sujando minha roupa também tingindo o tecido com um vermelho funesto.
O impeto parou, senti agora outras coisas além do sangue em minha boca, tecidos e alguma outra coisa qualquer que fosse, mas com um certo gosto de metal. O cara caiu no chão morto. Via o sangue que escorria do grande ferimento aberto logo acima de sua clavícula, começava a me perguntar o que eu tinha feito! Fiquei apavorada, podia jurar que estava chorando, embora não saíssem lagrimas. Rapidamente olhei para os lados e para todas janelas, não tinha ninguém olhando. Arrastei o corpo para dentro do barraco, e sentei do lado. Que brilhante, agora tinha matado alguém de verdade! Fiquei estarrecida procurando alguma forma de corrigir isso, não aguentava mais, comecei a bater com a mão fechada nas paredes com força suficiente para machucar elas. Me encolhi e fiquei remoendo o que tinha acontecido. Foi quando ouvi um barulho do lado de fora, motos! MERDA! Não sabia o que fazer, me encolhi mais, rezando para que não entrassem. Abriram a porta, MERDA MERDA MERDA!! Era a voz de um homem,falava com outra pessoa e parecia estar bravo. Eles iluminaram o interior do barraco com o farol da moto. Finalmente ele me achou e ele estava armado! Comecei a gritar, “Eu não fiz por querer! Desculpa, eu não queria matar ele! Por favor não me mate!”
Re: Chayenne Newman - Vampire Requien
31/8/2009, 11:34
Pra quem quiser a continuação dessa e de outras histórias acessem meu blog ^^
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