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EUA discute relação de furacão com as mudanças climáticas Empty EUA discute relação de furacão com as mudanças climáticas

1/11/2012, 15:10
A poucos dias de os Estados Unidos definirem seu próximo presidente, o país está sendo assolado pelo furacão Sandy, que segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) poderá ser a maior tempestade já registrada a atingir o território norte-americano. O fenômeno deixou 66 mortos em sua passagem pelo Haiti, República Dominicana, Cuba, Jamaica e Bahamas.

Durante o fim de semana, o presidente Barack Obama finalmente falou em público sobre mudanças climáticas. Em uma entrevista concedida à MTV, o democrata se disse surpreso que o assunto não tenha sido abordado na campanha nem nos debates.

EUA discute relação de furacão com as mudanças climáticas Manifestacaonovayork_1

"Este é um tema crucial e existe um grande contraste entre a minha posição e a do governador Romney. Eu acredito nos cientistas que dizem que estamos colocando muito carbono na atmosfera e que isto está aquecendo nosso planeta com impactos perigosíssimos”, declarou Obama.

O candidato republicano ainda não se manifestou, mas apesar de acreditar no fenômeno, duvida da contribuição das atividades humadas para o aquecimento global. Uma de suas promessas é inclusive aumentar a queima de carvão para a geração de energia.

Diante dessa diferença de opiniões, seria de grande importância fornecer para o eleitorado a informação se o Sandy é ou não fruto do aquecimento global. Infelizmente, não é possível responder esta questão.

Como explicou o pesquisador José Marengo, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do INPE, em uma palestra recente, é muito difícil dentro da ciência climática apontar as causas exatas para um fenômeno extremo, que geralmente é uma consequência da conjunção de fatores complexos.

Assim, o discurso, mesmo em estudos, dos climatologistas costuma ser recheado de expressões como “altamente provável” ou “improvável” quando se referem aos elementos que podem ter influenciado um evento.

É com esse tipo de explicação que estão aparecendo na imprensa os pesquisadores que estão acompanhando o Sandy.

“O que sabemos é que um oceano mais aquecido gera tempestades piores e neste momento a superfície do oceano ao redor da costa norte-americana está até 3oC acima da média”, explicou Kevin Trenberth, do Centro Nacional para Pesquisas Atmosféricas.

“Mas vale destacar que todos os eventos climáticos são afetados pelas mudanças climáticas, já que ficam mais severos por ocorrer em situações mais úmidas e quentes do que o normal. Mas não dá para afirmar que sem o aquecimento global o Sandy não aconteceria”, completou.

A imprensa também tem citado um recente relatório do programa de pesquisas sobre mudanças globais do governo dos EUA que afirmou que “a energia destrutiva dos furacões do Atlântico cresceu nas últimas décadas. A intensidade dessas tempestades provavelmente aumentará neste século”.

Climatologistas estão mencionando ainda o fato de que 2012 foi marcado por eventos extremos incomuns, como a seca prolongada que ainda afeta a agricultura norte-americana e que provocou altas globais nos preços dos alimentos. Além disso, dados da NASA e da NOAA apontam que o ano está se consolidando como um dos mais quentes da história.

Porém, está longe de ser uma unanimidade que o Sandy seja de alguma forma relacionado com as mudanças climáticas.

“Grandes eventos podem ter pequenas causas. Nesse caso, a causa imediata é mais provavelmente o alinhamento de uma tempestade tropical com uma extratropical, ambas bastante frequentes no Atlântico em outubro. Nada muito fora do comum. Não existem dados estatísticos que mostrem um aumento dos furacões nos últimos anos”, disse Martin Hoerling, meteorologista da NOAA.

Manifestações

Entidades não-governamentais estão aproveitando que a atenção dos EUA está voltada para o clima e estão organizando ações para destacar os impactos das mudanças climáticas.

A maior destas iniciativas está acontecendo em Nova York, com a ONG 350.org promovendo o "Connect the Dots between Extreme Weather and Climate Change" (Ligue os Pontos entre o Clima Extremo e as Mudanças Climáticas).

“Apesar de não podermos atribuir todas as tempestades às mudanças climáticas, o aquecimento de 3oC dos oceanos criou uma quantidade imensa de vapor d'água que agora será despejado em cidades como Nova York e Boston. Estamos chegando a um ponto em que é loucura não ligar os pontos”, afirmou Phil Aroneanu, cofundador da 350.org.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, ordenou a retirada de 375 mil moradores das regiões costeiras da cidade.


Fonte:Instituto CarbonoBrasil

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Guan Zhuge
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EUA discute relação de furacão com as mudanças climáticas Empty Re: EUA discute relação de furacão com as mudanças climáticas

1/11/2012, 16:58
Pelo amor de Deus, já existiam furacões piores que esse desde bem antes do homem existir. Isso está relacionado ao aquecimento global, mas esse aquecimento não foi causado pelo homem, mas sim pelas variações naturais do ciclo do sol. O homem acha que é muito grande acreditando que pode afetar o clima de um planeta inteiro...
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EUA discute relação de furacão com as mudanças climáticas Empty Re: EUA discute relação de furacão com as mudanças climáticas

1/11/2012, 18:43
Mas e a poluição que ele causa a si mesmo e todos os seres vivos?
Não conta ?
Pois na matéria fala que o candidato quer incentivar ainda mais a queima de carvão o.o

E ainda acho que como as coisas são feitas em escalas global de poluição,acho que o homem pode acelerar sim as coisas.


Última edição por Raph em 3/11/2012, 01:31, editado 1 vez(es)
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Guan Zhuge
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EUA discute relação de furacão com as mudanças climáticas Empty Re: EUA discute relação de furacão com as mudanças climáticas

2/11/2012, 23:48
A poluição faz mal ao homem sim, mas não influencia na temperatura do planeta. Não existe nenhum estudo científico comprovando isso, e olha que estão atrás dessa prova a várias décadas.
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EUA discute relação de furacão com as mudanças climáticas Empty Re: EUA discute relação de furacão com as mudanças climáticas

2/11/2012, 23:59
Concordo com o Guan.
Estavámos estudando justamente essa parte da Teoria do Aquecimento Global e do Resfriamento Global.
Foi bem surpreendente pra mim ver o quão pouco o homem influencia na temperatura terrestre, claro que isso nao é motivo pra poluir ainda mais, mas em comparaçao com os vulcões e os mares nossa influência no temperatura é insignificante.
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