O que vem na sua mente quando o assunto é crack?

Quando este que vos interpela pensa sobre aquela substância que não pode ser nomeada sem associar a grandes jogadores de futebol (ou a falta deles) pensa primeiro em restos. Este pensamento apareceu alguns dias atrás quando o pai assistiu uma reportagem no noticiário que relatava o quão destrutivos os narcóticos podem ser.
Ao balbuciar, ele explicava como o popularmente conhecido como crack era feito. Então começou pela palavra “restos”. Conforme ele se esforçava para pensar sobre o assunto, começou a contar pouco a pouco que a droga referida era feita de restos de cocaína e heroína e outros restos que nem os traficantes sequer sabiam de onde vinham. Depois de juntar os restos, o pai continuou, eles são moídos e misturados para fazer uma pasta que depois é transformada no produto final.
Tirando as primeiras impressões, o que sobra quando o assunto é o crack? Tomemos, por exemplo, “o povo da Internet”, normalmente são os primeiros aos quais muita gente recorre quando está num aperto mesmo antes até de profissionais sobre o assunto em questão (embora ninguém goste de admitir isso). Famoso por fazer graça sobre qualquer assunto, “o povo da Internet” provavelmente vive no seu próprio mundo pessoal onde tudo é perfeito e alegre. Nessa perspectiva drogas em geral são para os fracos, ou apenas mais um assunto para fazer piadas. Aqueles que caem vítimas dos seus próprios vícios são ridicularizados e apelidados de “crack head”. Ao pesquisar nesses termos milhares de resultados irão aparecer em blogs ou meios de comunicação similares descrevendo casos engraçados envolvendo pessoas que caíram numa espécie de espiral de comportamento vergonhoso ou violência.
Este cenário só é possível porque a “sociedade” actual tem as suas bases fundamentadas no individualismo. Assim sendo, faço uso do termo “sociedade” entre aspas porque não mais se trata de um único organismo agindo como um todo mas feita de pequenos blocos que constantemente tentam manter-se uns aos outros nos seus espaços. Isto parece similar ao conceito de “classe”, no entanto é um pouco diferente, porque por definição um membro de uma classe não interage com um membro de uma classe diferente o que no mundo superpovoado de hoje é praticamente impossível. Superpopulação é importante neste caso porque faz o ser humano se sentir mais claustrofóbico e aumenta também outras neuroses. Quando confrontado com este tipo de situação o instinto do ser humano é tentar escapar. Drogas em geral sempre foram conhecidas desde os tempos antigos como rotas de fuga e o seu uso relacionado a certa conduta social.
Na economia contemporânea, o acto de socializar cada vez mais de torna mais e mais como uma relação comercial e isso tem reflexos no mercado de drogas. Conforme as relações sociais vão se esvaziando de conteúdo esse espaço vem sendo preenchido por todos os tipos de drogas imagináveis, então, conforme a necessidade de mercado cresce, aumenta também a expansão do mercado de drogas e o seu potencial para novas drogas mais baratas e mais viciantes como o crack.

Pra falar a verdade quando penso vem essas duas imagens mesmo... Da droga e jogadores de futebol.

Bom, quanto a usuários de drogas... Os julgo mesmo e os acho responsáveis por essa porcaria de tráfico. Tem um ova de anime que mostra que os doces poderiam ter o valor que ele quisesse se fossem proibidos, se fosse legal o lucro não seria o mesmo. Acho que essas porcarias deviam ser legalizadas e que cada um destes seres respondessem pelo que acontece com seu corpo.

Com relação aos pensadores da internet, o yahoo respostas mostra isso muito bem... Cada pergunta bizarra e cada resposta que... Só por Deus mesmo.

Somos uma sociedade imperfeita, faço parte dela e sei que tenho que mudar algumas visões... Só que não é fácil e a maioria não quer mudar e fica ainda mais complicado.

O que vem na minha cabeça quando vejo essa palavra ou a ouço é a imagem da degradação humana... e de São Paulo,não sei pq acho que lá todo mundo tem acesso fácil fácil ao crack, sem ofensas, viu Ruddy.